As imagens apresentadas são
referentes a uma atividade desenvolvida com as crianças de 6 a 11 anos no ano
de 2012. A atividade foi a seguinte:
Apresentação da obra de Hélio Oiticica.
O objetivo específico foi mostrar
para as crianças a transição do espaço da pintura, do bidimensional para o tridimensional.
A expansão da pintura, a pintura expandida para o espaço. A pintura e o corpo
com os penetráveis. A pintura depois do quadro.
Com as Invenções, de 1959,
o artista marca o início da transição da tela para o espaço ambiental, o que
ocorre nesse ano com os Bilaterais - chapas monocromáticas pintadas com
têmpera ou óleo e suspensas por fios de nylon - e os Relevos Espaciais,
suas primeiras obras tridimensionais. Nessa época produz textos sobre seu
trabalho, sobre a arte construtiva e as experiências de Lygia Clark.
Em 1960, cria os primeiros Núcleos,
também denominados Manifestações Ambientais e Penetráveis, placas de
madeira pintadas com cores quentes penduradas no teto por fios de nylon. Neles
tanto o deslocamento do espectador quanto a movimentação das placas passam a
integrar a experiência. Em continuidade aos projetos, Oiticica constrói, em
1961, a maquete do seu primeiro labirinto, o Projeto Cães de Caça,
composto de cinco Penetráveis, o Poema Enterrado, de Ferreira Gullar, e
o Teatro Integral, de Reynaldo Jardim. É uma espécie de jardim em escala
pública para a vivência coletiva que envolve tanto a relação com a arquitetura
quanto com a natureza. O espectador está presente nos Núcleos, mas há um
desenvolvimento dessa questão com suas primeiras estruturas manuseáveis, os Bólides
- recipientes que contêm pigmento - resultado, em 1963, da vontade de dar corpo
à cor e acrescentar à experiência visual outros estímulos sensoriais.
No fim da década de 1960 é levado
pelos colegas Amilcar de Castro e Jackson Ribeiro
a colaborar com a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Envolve-se com
a comunidade do Morro da Mangueira e dessa experiência nascem os Parangolés.
Trata-se de tendas, estandartes, bandeiras e capas de vestir que fundem
elementos como cor, dança poesia e música e pressupõem uma manifestação
cultural coletiva.
As explicações foram acompanhadas
pelas imagens das obras como também com um vídeo.
Para nossa sorte, a escola
recebeu novos armários para as salas de aula, fazendo com que os antigos, de
madeira, fossem dispensados. Eu os utilizei em sala de aula para ocupação do
espaço e para criar os penetráveis. As crianças vibraram ao ver os armários não
na função de armário, mas de objetos a serem transformados por elas.
Desenvolvemos então os “penetráveis” e com eles aconteceram as aulas de teatro,
musica, dança, desenho, pintura e brincadeiras livres, propostas pelas próprias
crianças.
veja algumas imagens:
palco para treatro de bonecos
construindo um personagem
elaboração do personagem / individual
armario com pintura e ganchos para os crachas
fresta
apresentação da maquete - sobre as ideias dos penetraveis
idem
construção do personagem
maquete de um penetravel
apresentação, exposição, enfrentando a timidez
apresentação, exposição, enfrentando a timidez
apresentação, exposição, enfrentando a timidez
desenhando em outros suportes em outra posição de corpo
desenhando em outros suportes em outra posição de corpo
leitura de jornal para atividade oral
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